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Arterite de Takayasu

A Arterite de Takayasu é uma doença em que a parede dos vasos sanguíneos de grande calibre está inflamada. Quando nos referimos a vasos de grande calibre estamos falando da aorta e de seus ramos principais, como as artérias carótidas, subclávias, renais, mesentéricas entre outras. Esta inflamação da parede do vaso sanguíneo é denominada de “vasculite”, e isto pode geral fragilidade com tendência a formação de aneurisma (dilatação), ou fibrose, com tendência à obstrução da luz do vaso (por onde o sangue passa), que chamamos de estenose. Isto pode geral perda da sensação de pulsação nos locais afetados.

Costuma afetar mais mulheres que homens, em geral antes dos 40 anos. Os pacientes podem apresentar manifestações inflamatórias como febre, fadiga, emagrecimento, e manifestações vasculares. O mais habitual é não ser possível medir a pressão arterial em um ou ambos os braços. A paciente se queixa de dor ao usar o membro afetado, às vezes até para escovar os dentes ou pentear os cabelos. Mas em algumas situações, manifestações graves como acidente vascular encefálico (o derrame), podem ocorrer.

Algumas questões importantes:

  1. A Arterite de Takayasu pode afetar apenas um vaso ou múltiplos vasos. Assim é preciso palpar todos os pulsos periféricos e medir a pressão arterial em ambos os braços e em ambas as pernas.
  2. A válvula aórtica do coração pode ser afetada e contribui para maior gravidade
  3. Exames de imagem são utilizados para identificar a extensão da doença – podem ser usados ultrassom, tomografia, ressonância. Eventualmente um exame invasivo chamado arteriografia pode ser necessário.
  4. Exames laboratoriais podem refletir o estado inflamatório e a resposta ao tratamento, mas podem não ajudar dependendo do tipo de tratamento utilizado.
  5. O envolvimento multiprofissional com avaliações de outras especialidades é importante como, por exemplo, oftalmologia, cardiologia e cirurgia vascular.

O tratamento inclui medicações para controlar o processo inflamatório. Além disso, deve haver adequada gestão de níveis de pressão arterial, de glicemia e de colesterol e triglicerídeos entre outros fatores de risco cardiovascular. Pode-se avaliar a necessidade do uso de medicações para reduzir o risco de obstrução vascular por placas ou coágulos. Em algumas situações pode ser necessário procedimento cirúrgico, seja endovascular ou por cirurgia aberta, para correção de alterações vasculares potencialmente graves.

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