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Fratura por Fragilidade

Uma fratura por fragilidade é aquela que ocorre espontaneamente ou decorre de um esforço pequeno ou uma atividade simples a afeta um osso aparentemente sem lesão estrutural. São exemplos tossir, espirrar, torcer ou dobrar um membro. Pode também ocorrer após traumas de baixo impacto, como queda de própria altura. Aqui o problema é perda da resistência do osso (que resulta de alterações na quantidade e/ou na qualidade do osso). Isto difere de fraturas por trauma de alto impacto quando a intensidade da energia sobre o osso é grande e capaz de fraturar em diferentes situações.

Quando há uma lesão estrutural óssea no local da fratura, como um tumor, um cisto ósseo, uma lesão metastática, a fratura deve ser chamada de patológica. O mecanismo para ocorrência da fratura patológica pode ser o mesmo da fratura por fragilidade, mas a presença de uma lesão estrutural óssea pode interferir na conduta ortopédica, na investigação do metabolismo ósseo e nas opções de tratamento clínico.

A causa mais comum de fratura por fragilidade é a osteoporose, doença em que a quantidade de osso se reduz, por uma falha de formação, por um excesso de reabsorção óssea, ou por ambos os processos. A maior ocorrência de osteoporose está em mulheres após a menopausa e em homens com idade acima de 70 anos, mas isto pode variar de acordo com a raça, com o uso de medicações, com a presença de alguma comorbidade entre outras situações.

É importante frisar que a presença de fratura por fragilidade pode definir o diagnóstico clínico de osteoporose independente dos valores encontrados na densitometria óssea. No entanto, existem outras causas de fraturas por fragilidade, como a osteogênese imperfeita.

Assim, frente a alguém que tenha sofrido uma fratura considerada por fragilidade, deve-se:

  1. Histórico de fraturas e de queda.
  2. Investigar elementos do metabolismo ósseo (cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, PTH, vitamina D, etc).
  3. Estado nutricional e avaliar se os requisitos diários de cálcio e vitamina D estão sendo supridos.
  4. Investigar o uso de medicações que possam interferir no metabolismo ou aumentar o risco de quedas.
  5. Avaliar equilíbrio e força muscular.
  6. Inquirir sobre a visão e a audição.
  7. Avaliar a segurança do domicílio para prevenção de quedas.
  8. Em pessoas jovens com fraturas de repetição ou fraturas por fragilidade, considerar distúrbios genéticos que predisponham a fraturas.

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